Ansiedade

A Ansiedade como Fenômeno Existencial

Um Convite à Presença.

 

A ansiedade, sob uma perspectiva fenomenológico-existencial, transcende a mera lista de sintomas e diagnósticos.

 

Ela se revela como um fenômeno inerente à condição humana, uma experiência fundamental que emerge da nossa liberdade, da nossa responsabilidade e da nossa constante confrontação com o vazio e a finitude da existência.

 

Não é apenas algo que “temos”, mas algo que, de alguma forma, somos em certos momentos.

Nessa visão, a ansiedade não é necessariamente uma inimiga a ser eliminada, mas um chamado à atenção, um sinal potente de que algo significativo está em jogo em nossa existência.

 

Ela nos confronta com nossa liberdade de escolha – e a vertigem que isso pode causar –, com a incerteza do futuro e com a responsabilidade que carregamos por nossas vidas.

 

As Manifestações da Ansiedade no Corpo e na Existência.

 

As sensações físicas que a ansiedade provoca – o coração acelerado, a falta de ar, a tensão muscular, o nó no estômago – são o corpo se manifestando no agora, um eco da nossa experiência interna.

Elas não são “apenas” sintomas, mas a expressão corpórea de um desencontro com a nossa forma de estar no mundo.

 

O corpo se torna o palco onde a angústia existencial se materializa, convidando-nos a ouvir o que ele tem a dizer sobre a nossa relação com a vida.

 

Lidando com a Ansiedade: Um Olhar para a Nossa Existência.

 

Abordar a ansiedade fenomenologicamente significa não fugir dela, mas, paradoxalmente, encontrá-la. Em vez de lutar contra os sintomas, somos convidados a:

• Acolher a experiência: Permitir que a ansiedade esteja presente, observando-a sem julgamento, como um mensageiro. O que ela está tentando nos comunicar sobre nossas escolhas, nossos medos, nossos anseios?

• Assumir a responsabilidade: Reconhecer que, mesmo diante da incerteza, temos a capacidade de fazer escolhas que nos aproximem de uma vida autêntica.

• Buscar o sentido: A ansiedade pode surgir quando sentimos falta de sentido ou propósito. Reavaliar nossos valores e o que realmente importa pode ser um caminho.

• Estar presente: Através de práticas como a atenção plena (mindfulness), podemos ancorar nossa experiência no “aqui e agora”, diminuindo a ruminação sobre o passado ou a preocupação excessiva com o futuro.

• Conectar-se com o outro: A solidão existencial pode intensificar a ansiedade. Compartilhar a nossa vulnerabilidade e estar em relações autênticas pode aliviar o peso.

A Importância da Busca por Ajuda: Um Encontro Autêntico.

 

Quando a ansiedade se torna paralisante e impede que vivamos plenamente, buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas um ato de coragem e autenticidade. Um profissional de saúde mental, especialmente um psicólogo, pode oferecer um espaço de escuta profunda e acolhimento onde você poderá:

• Explorar as raízes existenciais de sua ansiedade.

• Compreender o sentido que ela possui em sua vida.

• Desenvolver novas formas de estar no mundo, assumindo sua liberdade e responsabilidade.

• Encontrar estratégias para coexistir com a incerteza, transformando a angústia em potência para o crescimento.

 

A terapia, nesse contexto, é um encontro, uma jornada de autodescoberta para desvelar o que a ansiedade revela sobre sua existência e construir um caminho mais significativo.

 

…Lembre-se: Você não está sozinho. Buscar ajuda é o primeiro e mais importante passo para uma vida com mais tranquilidade e bem-estar.

 

htts://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/transtornos-de-ansiedade-podem-estar-relacionados-a-fatores-geneticos

https://cvv.org.br/blog/categorias/ansiedade/

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Márcia Alves – CRP SP 06154188